segunda-feira, 23 de maio de 2011

Voltemos à Caixinha de Surpresas

Há pouco mais de três semanas, o futebol brasileiro vivia uma daquelas noites para se esquecer. Quatro, dos cinco times nacionais na Libertadores foram eliminados nas oitavas de final do torneio mais cobiçado das Américas, e não foram eliminações comuns. Apontado como o favorito para o título, o Cruzeiro deu vexame em casa contra os colombianos do Once Caldas; o Fluminense, após classificação heróica na Argentina, foi apático contra o Libertad, no Paraguai; o Inter, outro favorito, apagou diante do Penarol, em um Beira-Rio lotado; e o Grêmio, que conseguiu ficar em segundo no grupo mais fácil da Libertadores, aprendeu como se joga bola contra o Universidad Católica.

Essas derrotas nos mostram, que para ganhar qualquer torneio, mais especificamente a Libertadores, precisa-se  mais do que apenas camisa, tradição e melhores elencos. Não que os nossos times tenham entrado de salto alto, mas pelo simples fato de o futebol, principalmente na América do Sul, ser imprevisível e ter deixado de lado aquele estigma europeu de que sempre as equipes mais ricas tem condições de chegar ao título. Foi uma grata surpresa a derrota dos brasileiros, mas isso só nos ensina uma máxima, que deveríamos ter aprendido faz tempo: Libertadores é sangue, raça, e muitas vezes têm que se deixar de lado a técnica. Tem que saber jogar.

Esse é o futebol que muitos falavam que havia se extinguido. Pode até ser verdade, mas não aqui, do outro lado do Greenwich, onde o futebol ainda, é uma caixinha de surpresas.


Tomaz Venturelli, novo postador do blog "Caiu na Área é Pênalti".
@TomazArshavin